Protagonizando a ginástica artística como uma das maiores atletas brasileiras dos últimos tempos, Lais Souza, foi a nossa primeira convidada para estrear o EBM Talks, o projeto que traz convidados do mercado imobiliário e fora dele, com histórias, insights e inspiração. Além do EBM Talks, também foi a convidada para o primeiro meeting do ano, o do Metropolitan Genebra, lançamento da última torre do complexo imobiliário do Jardim Goiás.
Lais Souza, primeira convidada do EBM Talks
Hoje, com 34 anos, a atleta e artista plástica, estreou na ginástica quando tinha apenas 4 anos de idade, disputou o pódio nos Jogos Pan Americanos, além de duas olimpíadas. Lais Souza decidiu mudar de esporte, da ginástica artística para o esqui aéreo. Em 2014 conquistou a vaga para representar nosso país nas Olimpíadas de Inverno, em Sochi, na Rússia. No entanto, infelizmente, durante os treinos de esqui sofreu um acidente que mudaria sua trajetória, Laís perdeu os movimentos, uma queda fraturou a sua coluna cervical, causando uma torção que a deixaria tetraplégica. Apesar do acontecimento e do susto, enfrentou o acidente, se reinventou e hoje, além de prosseguir no tratamento, dá exemplo de resiliência e força ao contar sua história. Tornou-se artista plástica, expressa seus sentimentos em arte e pintura, e também promove palestras levando consigo a sua trajetória dentro e fora do esporte.
Em bate-papo descontraído, contou um pouco da vida para Marcello Moreira, Diretor Comercial e de Marketing da EBM. Confira mais da entrevista com Lais Souza:
De você tirou toda resiliência e essa vontade de vencer? Não só no esporte, mas na vida.
Eu acho que só sei responder de uma forma, veio de mim, veio da minha criação, da minha cultura, da minha família. Eu sou aquela moleca, que brincava na rua, que era muito competitiva, enfim, brincava de todas as formas, de apostar corrida e todos os esportes possíveis. Já andei de patins e skate, entre outras coisas. E, acho que essa dedicação foi primeiro pelo amor ao esporte, depois muito por essa competitividade. Entrei em um ciclo de competições, de ganhar e perder, isso me fez bem, me fez enxergar coisas que talvez eu não aprenderia se não fosse no esporte, não fosse a convivência com as minhas amigas, enfim, isso me tornou essa mulher de hoje.
E o que te fazia treinar muito, de onde você tirava essa força?
Não tem receita de bolo, não tem uma resposta exata. Acho que pra mim, muitas vezes, foi a pressão do meu técnico e, por milhares de vezes, foi a minha própria pressão. Depois, foi me tornar muito fã de uma atleta ou outra, foi dia após dia, mas o principal foi eu amar a ginástica.
Lais, não sei se você sabe, mas muito do mercado imobiliário, principalmente corretores, eles vêm parar no mercado meio “sem querer”. Dificilmente você encontra alguém em que o sonho dele é ser corretor de imóveis, muitas vezes, ser corretor é um Plano B. Todo dia é um recomeço, como você fez para recomeçar depois do seu acidente? Foi um estalo? Um processo?
Veio de dentro para fora, mas tudo que eu me dediquei e estudei deu certo. Então, eu tive o acidente e fiquei na traqueostomia, um aparelho para que eu pudesse respirar e pra sair desse aparelho usei técnicas, fiz todos os exercícios possíveis, mas sai cantando. Eu não gostava daquele caminhozinho reto, nem no do lado, eu ia no caminho do meio. O médico disse que eu poderia cantar para sair do respirador e foi cantando que acabei saindo, deu certo. As coisas dão errado, depois elas dão certo, depois ela dá errado, errado e depois certo.